Este é um espaço importante sobre dicas para Saúde e Segurança no Trabalho e também em seus Lares. Com informações diretas e de forma simplificada para orientação na prevenção de acidentes.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Trabalho Sob Pressão


“Há quem chore ao telefone ou entre em pânico. O trabalho é repetitivo, os tempos cronometrados. Os chefes gritam aos ouvidos dos trabalhadores: É preciso vender, vender e vender, nem que seja levando os potenciais clientes  à exaustão. O setor dos call centers é um dos poucos que gera emprego em Portugal, mas há um preço a pagar.” 

Este é pequeno trecho de uma reportagem extraída do site da Renascença sobre o trabalho em um call centers em Portugal. Recentemente uma emissora de televisão brasileira exibiu uma matéria falando sobre este assunto aqui no Brasil, na verdade foi uma denuncia sobre algumas empresas que desrespeitam os direitos dos empregados, mas felizmente nem todas são assim, a maioria delas trabalham de acordo com as leis.


 A área de Segurança e Saúde no Trabalho SST, tem responsabilidades sobre situações como esta?

Os responsáveis pela SST devem ficar atentos para situações extremas, contribuindo para que se cumpram as leis vigentes, mas é necessário tomar cuidado para não interferir em situações que não sejam de suas responsabilidades. Os métodos de trabalho adotados nas empresas influenciam diretamente no bem estar dos empregados, por isto deve-se observar e transmitir estas informações ao empregador.


Toda função onde se trabalha sob pressão gera algum desconforto ao trabalhador, embora em algumas situações sejam necessárias cobranças, é importante que limites sejam respeitados. Estes limites devem ser estabelecidos, não apenas por aqueles que exercem funções de chefia, mas por todos os empregados respeitando seus próprios limites.

NR 17 - NORMA REGULAMENTADORA 17
ERGONOMIA
ANEXO II
TRABALHO EM TELEATENDIMENTO/TELEMARKETING
 

É responsabilidade da SST buscar junto ao empregador um ambiente físico adequado para os empregados, alertando para os perigos do uso indevido dos aparelhos, o tempo de uso, pausas durante o trabalho,a postura (ergonomia), entre outros, mas, além disto, é fundamental que este ambiente seja um local agradável no que diz respeito ao relacionamento entre os empregados.

Nem todos os profissionais da área de SST reconhecem a necessidade de promover um ambiente saudável no relacionamento interpessoal, mas é bom que entendam que isto pode evitar muitos situações de risco eminente.

Toda ação que cabe ao profissional em SST pode ser observada para que promova um ambiente saudável, não apenas no espaço físico, mas em sua convivência. O espaço que normalmente os empregadores ao Técnico de Segurança do Trabalho TST é bem limitado, durante o Diálogo Diário de Segurança DDS, mesmo sendo pouco tempo, é fundamental que seja muito bem utilizado com palavras incentivadoras e não de forma "mecânica".

Para um TST, as NR, quando aplicadas, buscam assegurar o bem estar dos empregados dentro dos diversos segmentos empresariais. Apesar desta maravilhosa ferramenta que temos para assegurar uma prevenção eficaz, devemos ir além, compreendendo situações e buscando soluções.
Convém lembrar que para a Organização Mundial da Saúde OMS, o bem-estar é definido da seguinte força:  

«Estado de completo bem-estar físico, mental e social e não consistindo somente da ausência de uma doença ou enfermidade.»

Texto de: José Luiz

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Agentes Cancerígenos


Embora já tenha sido matéria do dia 10/10/2014 no site do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), é importante a divulgação para atualizar os conhecimentos na área.
 
Governo lista agentes cancerígenos para humanos
Ministérios do Trabalho e Emprego (MTE), Previdência Social (MPS) e da Saúde (MS) criam lista referência técnica para elaboração de políticas das três pastas
Brasília, 10/10/2014 – Os Ministérios do Trabalho e Emprego (MTE), Previdência Social (MPS) e da Saúde (MS) criaram, por meio da Portaria Interministerial Nº 9, de 7 de outubro de 2014, a Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para Humanos (Linach). A lista foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (8) e passará a ser utilizada como referência técnica para elaboração de políticas públicas das três pastas.

A Linach é composta de três grupos de agentes considerados cancerígenos: o grupo 1 – que inclui 114 agentes comprovadamente cancerígenos para seres humanos; grupo 2 A – que abrange 65 agentes provavelmente carcinogênicos para humanos; e o grupo 2 B – que reúne 284 agentes possivelmente carcinogênicos para humanos.

A primeira versão da Linach resulta da tradução da lista de agentes classificados pelos estudos da Agência de Pesquisas sobre Câncer (Iarc) da Organização Mundial de Saúde (OMS) até abril deste ano, devendo passar agora a ser atualizada semestralmente por técnicos dos três ministérios, com base em novos estudos científicos nacionais e internacionais.

Para o diretor do Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho do MTE, Rinaldo Marinho,  a lista representa um grande avanço nas políticas de saúde, trabalho e previdência, pois trouxe para a norma nacional o resultado de estudos e pesquisas de grande relevância científica internacional.

De acordo com o diretor, a Lista atende previsão contida no Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (Plansat) e a proposta foi discutida e aperfeiçoada juntamente com a Diretoria de Saúde do Trabalhador do MS (DISAST), o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e a Diretoria de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do MPS (DPSO), antes de seguir à apreciação dos ministros.

Segundo Marinho, o câncer representa a segunda causa de morte no mundo, responsável por 17% dos óbitos de causa conhecida no Brasil e por 6,45% das aposentadorias urbanas por invalidez.  A Organização Mundial de Saúde estima que o contínuo crescimento e envelhecimento da população mundial tende a ampliar ainda mais o impacto do câncer, o que pode levar, em 2030, a 27 milhões de casos novos, 17 milhões de mortes por ano e pelo menos 75 milhões de pessoas vivendo com câncer dentro de cinco anos do diagnóstico.

Rinaldo Marinho salienta ainda que uma das formas mais destacadas de exposição a agentes cancerígenos é a ocupacional, “existem pelo menos 15 produtos químicos, grupos de produtos químicos e misturas presentes nos ambientes e processos de trabalho para os quais existem fortes evidências científicas como carcinógenos para humanos. Além deles, 28 agentes ocupacionais são classificados como ‘provavelmente carcinogênico para humanos’ e muitos outros considerados ‘possivelmente carcinogênico para humanos’”, afirmou.

 Assessoria de Imprensa/ MTE   Esta matéria foi reproduzia do site do MTE