Construção
Chico Buarque
“Amou daquela vez como se fosse a
última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego”.
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego”.
Nesta primeira estrofe da
musica de Chico Buarque de Holanda, cabe mais uma analogia (de tantas outras já feitas).
É fato que ele descreve um drama
pessoal, uma inquietação que pode ter sido originada por vários motivos, é
esta a questão que desejo destacar aqui, as diversas situações de nossa vida pessoal que refletem no profissional.
A vida nos proporciona diversas
situações onde nem sempre estamos preparados para elas, é importante conhecer o "limite seguro" e procurar ajuda, se necessário, para superar fases as quais estamos sujeito a
passar.
Quando falamos em Segurança no
Trabalho, não estamos apenas trabalhando com problemas
físicos no local de trabalho, mas também as condições as quais os empregados chegam todos
os dias para trabalhar.
Embora uma das disciplinas no
curso de Técnico de Segurança do Trabalho (TST) seja a psicologia, não somos aptos
a exercer a função de psicólogos e nem sempre esta necessidade é perceptível, mas acompanhar o dia a dia dos empregados ser presente, talvez seja uma ferramenta importante para que a confiança
posse a ser um canal de diálogo quando necessário.
Não somo máquinas é a rotina não
pode ser como uma engrenagem, o local onde desempenhamos nossas funções diárias
precisa ter um diferencial que provoque um sentimento que vai além da obrigação
de estar ali, motivação.
Ter um profissional motivado não
é tão difícil como parece e poucas vezes
passa pela área financeira, é um trabalho de dois lados, a parte do empregador
em reconhecendo a necessidade de estar próximo do empregado e a parte do
empregado reconhecendo os esforços de proximidade do empregador.
Por mais matérias de estudo que
um TST possa ter entre leis e atribuições profissionais, acrescentar mais esta pode
parecer injusto, mas quando falamos em preservar vidas, cabe ai um esforço a
mais, um diferencial que nos motiva a levantar todas as manhas para mais um dia
de trabalho. Esta tem que ser a motivação para um TST.
Talvez assim possamos evitar
situações como esta relatada em forma de canção, tão real e preocupante.